Vestígios de Agostinho de Hipona nos pensamentos visuais de Hildegarda de Bingen sobre a eternidade e o tempo
Abstract
A geometria provou ser um recurso valioso na história da filosofia por representar uma gama de conceitos no domínio semântico do tempo. Uma série de segmentos, linhas, círculos, polígonos e outras figuras têm sido usadas para traduzir visual e simbolicamente as ideias do tempo e da eternidade com o objectivo de as compreender melhor, promovendo a reflexão e explicando-as de uma forma didáctica. O tempo é central ao pensamento de Agostinho de Hipona, e o Livro XI das Confessones é o principal veículo para a sua transmissão. Embora não se saiba se Hildegarda de Bingen leu estas páginas, a visão da eternidade e do tempo do magistra Renana mostra uma notável afinidade com aspectos do pensamento agostiniano. As representações visuais no Liber diuinorum operum (I, 2-3; III, 5) de Hildegarda são aqui usadas para ilustrar esta possível influência (ou confluência). Nas visões e nas miniaturas que as acompanham, o círculo representa a eternidade, o diâmetro representa o tempo, e o ponto representa o instante presente que liga ambos.
Palavras chave: tempo; eternidade; tradução visual; Confessiones, Liber diuinorum operum.
Autores antigos e medievais: Agostinho de Hipona; Hildegarda de Bingen.
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