« Le fils sera contre son père »
Le rejet de l’héritage paternel dans la BD des descendants de survivants de l’Holocauste
Abstract
Depuis plusieurs décennies, la mémoire de l’Holocauste constitue un élément
central de l’identité juive. Toutefois, certains descendants de survivants ont critiqué la manière
dont cette commémoration a été effectuée, aussi bien dans un contexte familial (où la figure
du père joue souvent un rôle essentiel) qu’à travers la culture populaire, plaidant pour d’autres
formules impliquant un plus grand dialogue interculturel. Cet article se propose d’analyser les
oeuvres de deux auteurs de bandes dessinées inscrits dans ce courant, Michel Kichka et Joann
Sfar, par l’examen du concept alternatif d’identité qu’ils proposent
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