The Great Between
Liminality and Liminal Aesthetics in the Filmography of Charlie Kaufman
Palavras-chave:
Liminaridade, espaços liminares, estética liminar, Charlie KaufmanResumo
Nos últimos anos, surgiu em fóruns como o 4chan e o Reddit uma subcultura online dedicada à apreciação e à exploração da estética de espaços vazios que evocam sensações sinistras e surreais. Os utilizadores chamam-nos “espaços liminares”, definidos por existirem num espaço que se inscreve entre o útil e o arruinado. A liminaridade é definida nos domínios da sociologia e da antropologia como a qualidade de estar entre dois estádios de estatuto social e/ou cultural. Este artigo pretende explorar a filmografia do argumentista e realizador americano Charlie Kaufman através da lente da estética liminar, apontando instâncias desta estética do vazio nas três obras que realizou, relacionando-a com os temas de cada filme e tentando formar uma narrativa da liminaridade no corpo de trabalho do realizador. Na introdução, há uma exposição do fenómeno online da estética liminar, uma breve revisão da literatura sobre liminaridade e espaços liminares, e uma secção sobre a liminaridade nas obras de Kaufman. Em seguida, são analisadas a liminaridade e a sua estética nas três longas-metragens que realizou: primeiro, Anomalisa (2015) e o espaço liminar entre “isolante” e “avassalador”; segundo, I'm Thinking of Ending Things (2020) e o espaço liminar entre “real” e “imaginado”; e, terceiro, Synecdoche, New York (2008) e o espaço liminar entre “ainda não” e “já não”; cada um deles é ordenado do menor para o maior espaço liminar presente no filme. Por fim, a conclusão tentará conectar as três obras através da matriz temática da liminaridade.
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