A escuta de narrativas de violência doméstica em entrevistas de mediação familiar judicial

Autores

  • Maria de Lourdes Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Paulo Cortes Gago Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Maria do Carmo Leite de Oliveira Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

mediação familiar judicial, entrevistas, escuta, narrativas, fala-em-interação

Resumo

Uma prática central na mediação é o relato das partes sobre seu lado da história. A escuta dessas narrativas por uma terceira parte, dita neutra e imparcial, pode ter consequências durante e além da interação. Neste trabalho, examinamos um caso de narrativas de violência, produzidas em entrevistas de pré-mediação, realizadas, separadamente, com um ex-casal, num caso de disputa de guarda e tutela antecipada, requerido pelo pai. Analisamos, à luz dos estudos de fala-em-interação e da narrativa, como a mediadora lida com os relatos de violência doméstica durante a interação e no registro de suas observações relatadas ao juiz do caso. Objetivamos contribuir para o entendimento da escuta de terceiras partes na mediação. Os resultados revelam uso maciço de prestações de contas narrativas com implicações para o julgamento da guarda. Quanto à escuta da mediadora, observou-se a falta de paridade, no relatório, em termos do que tornou relevante na entrevista de cada disputante.

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Publicado

10.10.2023

Como Citar

Pereira, M. de L., Gago, P. C., & de Oliveira, M. do C. L. (2023). A escuta de narrativas de violência doméstica em entrevistas de mediação familiar judicial. Language and Law Linguagem E Direito, 9(2). Obtido de http://84.247.136.72/ojsletrasX/index.php/LLLD/article/view/13589