A escuta de narrativas de violência doméstica em entrevistas de mediação familiar judicial
Palavras-chave:
mediação familiar judicial, entrevistas, escuta, narrativas, fala-em-interaçãoResumo
Uma prática central na mediação é o relato das partes sobre seu lado da história. A escuta dessas narrativas por uma terceira parte, dita neutra e imparcial, pode ter consequências durante e além da interação. Neste trabalho, examinamos um caso de narrativas de violência, produzidas em entrevistas de pré-mediação, realizadas, separadamente, com um ex-casal, num caso de disputa de guarda e tutela antecipada, requerido pelo pai. Analisamos, à luz dos estudos de fala-em-interação e da narrativa, como a mediadora lida com os relatos de violência doméstica durante a interação e no registro de suas observações relatadas ao juiz do caso. Objetivamos contribuir para o entendimento da escuta de terceiras partes na mediação. Os resultados revelam uso maciço de prestações de contas narrativas com implicações para o julgamento da guarda. Quanto à escuta da mediadora, observou-se a falta de paridade, no relatório, em termos do que tornou relevante na entrevista de cada disputante.
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Direitos de Autor (c) 2023 Maria de Lourdes Pereira, Paulo Cortes Gago, Maria do Carmo Leite de Oliveira

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