New Age: uma revolução cultural em dois momentos
Resumo
O New Age surgiu na modernidade na sequência da secularização e da recomposição do esoterismo e da religião no ocidente. Cronologicamente pode ser situado em dois momentos. O primeiro ocorre pós-Segunda Guerra Mundial, quando o movimento foi abraçado pelas gerações juvenis, adquirindo visibilidade pública. Popularizou-se através das subculturas apocalípticas e utópicas e das contraculturas contestatárias, que criaram uma rutura com os estilos de vida da modernidade. O segundo surge nos finais da década de 1970, quando se inicia um processo de reconhecimento coletivo das crenças e práticas espirituais do New Age como alternativas ou desviantes. Desde esta altura a difusão do New Age tem ocorrido, essencialmente, através de bricolages individuais. Apesar destas práticas espirituais serem muitas vezes apontadas como enquadradas na lógica do mercado neoliberal do sistema capitalista e de não trazerem algo verdadeiramente novo (dado que a maioria recupera práticas esotéricas e espirituais antigas), estas promovem, na sua maioria, igualmente valores ecológicos, o bem-estar físico e psíquico e sentido de pertença a comunidades de vários tipos, nomeadamente digitais. Concluímos neste artigo sobre a necessidade de alargar a investigação sobre o New Age em Portugal, como forma de potenciar o conhecimento científico sobre práticas contemporâneas.
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