Arame farpado, conhecimento e desenvolvimento no Sudoeste de Angola (c. 1960-1974)
Abstract
Este artigo discute o papel das vedações de arame farpado como ferramenta e símbolo do “desenvolvimentismo repressivo” do colonialismo português, em terras áridas e semiáridas do sudoeste de Angola, no final
do período colonial (década de 1960 - início dos anos de 1970). Baseia-se em contributos literários, técnicos e científicos que, à época, refletiram sobre o impacto do sistema pecuário comercial na paisagem, nas práticas de criação de gado (mormente, a transumância) e modos de vida dos povos (agro-pastores) daquelas regiões, e a resposta resiliente destes últimos. Conclui que as análises e propostas dos técnicos da Missão de Inquéritos Agrícolas de Angola, baseadas em “conhecimento vernacular”, apontaram para um modelo alternativo de desenvolvimento, na senda do atual ideal de desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: Arame farpado, desenvolvimento, pastoralismo.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyrights of all published material belong to Africana Studia.
Original images supplied by authors will be returned to them if requested