Habitar – Casas
Abstract
A casa, como objecto, encerra em si um conjunto de tradições, modelos, conceitos, e categorias; resumindo por isso, com algum rigor, a evolução da arquitectura desde os tempos mais remotos. O indivíduo aprisiona a casa como o lugar íntimo do seu habitar, estabelecendo a singularidade de cada Ser e do seu lugar no mundo. A relação entre o ninho, o ventre materno, as questões antropológicas e sociais permitiram um conjunto de metamorfoses, transformando o carácter do habitar.
Os projectos que Pancho Guedes desenvolveu em África, principalmente em Moçambique formalizam um conjunto de arquétipos presentes na história da arquitectura. As tipologias, os locais, os clientes e os programas são tão variados que somos obrigados a realizar um constante exercício de interpretação conceptual, metodológica e formal.
Assim, a arquitectura não segue sempre os mesmos modelos e tipologias, experimenta novas realidades, propõe uma energia, uma intensidade, uma tensão que são transportadas para materialidades e plasticidades de presença tectónica muito marcante. Na maior parte das vezes, a dimensão onírica, gestual e simbólica tinha como objectivo inventar um grau de intensidade, capaz de transmitir a ideia de sonho; mostrando uma espacialidade orgânica, solta e “terrivelmente” espontânea.
Palavras-chave: casa, conceito, sonho, Pancho Guedes.
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