A identidade santomense em gestão: desde a heterogeneidade do estatuto de trabalhador até à homogeneidade do estatuto de cidadão
Abstract
A particularidade de São Tomé e Príncipe fundamenta-se no processo de povoamento, resultado das políticas coloniais de importação/ migração da força de trabalho. As relações de paternalismo autoritário, que substituíram as de escravidão, foram o marco de desestruturação das identidades comunitárias de origem de indivíduos singularizados no processo de trabalho. A diferenciação dos estatutos sociais, nas representações de divisão étnica da ordem colonial,
não levou à afirmação de urna identidade nacionalista, portanto a formação
do Estado independente implicou a construção da Nação como espaço de identidade política dos cidadãos. Avançamos uma hipótese a respeito da relativa estabilidade política: a fragmentação das pertenças identitárias favorece a formação de um Estado que se propõe como elemento de coesão social nas relações sociais, preenchendo a opacidade de uma memória colectiva sedirnentada sobre a fragilidade dos referentes individuais. O processo de construção da identidade santornense apresenta-se como projecto político
de integração das singularidades num espaço público heterogéneo, próprio da modernidade.
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