Línguas africanas e desenvolvimento humano
Abstract
Neste artigo é proposta uma reflexão sobre o papel fundamental da educação em língua materna para o desenvolvimento humano das sociedades, tanto dos PALOP como de Portugal e de todos os países do mundo – só há educação de qualidade quando a escola fala a mesma língua que a maioria dos seus alunos fala em casa, tal como reconhece a comunidade científica internacional, através da UNESCO, desde 1953. Na verdade, todos os países que atualmente têm um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito elevado usam na escola a língua que a generalidade das crianças usa em casa. Tendo presente a importância das línguas maternas para o desenvolvimento humano, analisa-se a presença de línguas africanas dos PALOP na internet e em cada uma das cinco sociedades. Por um lado, a invisibilidade da diversidade linguística dos PALOP em ferramentas digitais de livre acesso global e, por outro, o processo consistente e consciente de substituição das línguas africanas pela língua portuguesa tendo em vista a eliminação da diversidade linguística estruturante dos cinco países em questão revelam a continuidade, na atualidade, da política colonial portuguesa de assimilação implementada nos séculos XIX e XX.
Palavras-chave: Línguas maternas, PALOP, colonialismo.
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