Demonstrabilidade das categorias: as viae divisivae e a crítica às mesmas
Resumo
Desde cedo que a lista aristotélica das dez categorias foi olhada com desconfiança. Não se discutia apenas o âmbito de aplicação da lista - expressões, conceitos, realidades -, mas também a sua presumível arbitrariedade. Uma das tentativas de dar conta da completude e da suficiência das categorias aristotélicas foi retirada, também ela, de Aristóteles (nos Tópicos): uma via divisiva que, num esquema arbóreo, vá cobrindo todas as possibilidades. Pelo menos a partir de Porfírio, vários autores fizeram o mesmo para as dez categorias. Com este trabalho, pretende-se expor algumas das vias divisivas criadas por autores do século XIII, a saber, Roberto Kilwardby, Alberto Magno e Tomás de Aquino. Num segundo momento, dá-se conta de uma crítica a este tipo de tentativa de justificação, a qual marca, de certa maneira, um declínio nestas tentativas. Trata-se da crítica de Duns Escoto, o qual considera que as vias divisivas provam o contrário daquilo que é proposto.
Palavras-chave: Categorias; sufficientia praedicamentorum.
Autores antigos e medievais: Aristóteles; Roberto Kilwardby; Alberto Magno; Duns Escoto; Tomás de Aquino.
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