I am a Jew
The Representation of Jews and Antisemitism in British Literature and Culture
Abstract
O presente artigo tem como intuito analisar criticamente a representação literária do povo judeu e da cultura judaica e a presença do anti-semitismo na literatura e sociedade britânica britânicas ao longo dos séculos, tendo em conta a influência de obras como The Merchant of Venice, de William Shakespeare, The Jew of Malta, de Christopher Marlowe, Ivanhoe, de SirWalter Scott, e Oliver Twist, de Charles Dickens, o primeiro tendo sido crucial no processo de definição da imagem do “judeu” no imaginário sócio-literário britânico. Escrita e publicada alguns anos após The Jew of Malta e claramente influenciada pelo retrato negativo feito da personagem principal da obra de Marlowe, Barabas, a obra The Merchant of Venice e a representação multifacetada do agiota judeu Shylock, que é ora retratado como vilão, ora como vítima, seria responsável por orientar as representações posteriores de personagens da religião e etnia judaicas na literatura britânica. A maneira altamente estereotipada e anti-semítica de retratar os judeus como pessoas avarentas, vingativas e cruéis que isolam-se propositadamente e desconfiam constantemente daqueles que estão a sua volta foi empregada insistentemente em romances do século XIX como Ivanhoe, de Sir Walter Scott, e Oliver Twist, de Charles Dickens. Dickens, em particular, era conhecido por nutrir opiniões de caráter anti-semita e por estar em desacordo com membros importantes da comunidade judaica de Londres da sua época. Tais estereótipos, que teriam sido popularizados nos finais do século XIV, perdurariam até o século XX e permeariam as obras de autores modernistas como James Joyce e Ezra Pound.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Via Panoramica: Revista de Estudos Anglo-Americanos / A Journal of Anglo-American Studies

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.