"darling! because my blood can sing
Contours of Lust and Sensibility in Laurence Sterne‘s Tristram Shandy."
Palavras-chave:
Literatura; Laurence Sterne; Sexualidade; Sensibilidade; Ciência; CríticaResumo
Como Viktor Shklovsky descreve na sua Teoria da Prosa (1929), a obra-prima de Laurence Sterne, Tristram Shandy (1767), pode invadir o mais proficiente dos leitores com uma esmagadora ―sensação de caos‖. De facto, a crítica tem discutido amplamente o seu tratamento inovador das possibilidades da ficção, no qual a linguagem como meio recebe uma proeminência inegável. Contudo, outro tópico de interesse destaca-se no património crítico de Sterne, o de um aparente antagonismo qualitativo concernindo a sexualidade e a sensibilidade: como demonstrado por numerosas recensões críticas da época, a fisicalidade é entendida como imprópria na paisagem sensível do romance. O principal intuito deste artigo é o de ponderar como práticas sexuais e expressões de sensibilidade coincidem no discurso verbal e não-verbal, formando um simbolismo conotativo inerente. Ademais, procura estabelecer conexões relevantes entre a intertextualidade múltipla do autor e o entendimento contemporâneo de dissociação anatómica, os seus efeitos sociológicos, e, sobretudo, como estes se manifestam de forma tangível na narrativa.
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