Agricultura e silvopastorícia no Namibe, Angola

Autores

  • Augusto Lança

Resumo

O sudoeste de Angola reúne condições ecológicas particulares. A corrente fria de Benguela proporciona o desenvolvimento de uma flora única. A escadaria litoral molda a província do Namibe, alterando a paisagem e os usos da terra consoante caminhamos do litoral para o interior.
No litoral o deserto é marcado pelos vales-oásis dos rios que descem da montanha, permitindo o desenvolvimento de uma agricultura irrigada.
Com as baixas temperaturas do ar proporcionadas pela corrente fria cultivam-se nestes vales plantas mediterrânicas, como a oliveira e
a vinha, que foram trazidas pelos primeiros colonos.
No interior, mais quente e húmido, devido à maior altitude e afastamento da corrente fria, os solos são ocupados por uma savana com árvores leguminosas e pastagens herbáceas de grande valor alimentar para os animais, os “pastos doces”, onde a escassez de chuva impede a sua lenhificação. Por isso, esta zona é utilizada ancestralmente pelas populações do Namibe para a criação de gado em silvopastorícia. Desde
o período colonial instalaram-se nesta área fazendas de criação industrial de gado, as quais ainda hoje constituem uma ameaça às rotas de
transumância.


Palavras-chave: Silvopastorícia, agricultura, ecologia, Namibe.

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Publicado

2020-06-22

Como Citar

Lança, A. (2020). Agricultura e silvopastorícia no Namibe, Angola. Africana Studia, (32). Obtido de http://84.247.136.72/ojsletrasX/index.php/AfricanaStudia/article/view/7940

Edição

Secção

Artigos