Línguas não oficiais de Moçambique. Necessidade da sua oficialização
Resumo
“Línguas Não Oficiais de Moçambique – Necessidade da sua Oficialização” é o tema deste artigo. O conceito de línguas não oficiais tem conotações e implicações negativas, nomeadamente o desprezo pelas culturas e povos autóctones e aponta para um desenvolvimento de matriz única e exclusivamente lusófona. O objetivo deste trabalho é explorar as implicações linguísticas, sociais, económicas, culturais, políticas da não oficialização das Línguas Bantu moçambicanas, a partir de evidências empíricas, da minha própria introspeção e da análise da literatura consultada. Com efeito, aborda-se a política linguística de Moçambique e as potencialidades das Línguas Bantu moçambicanas (LB) das mesmas. Desde a opção do português como língua oficial única de Moçambique, as LB nunca constituíram uma prioridade para as autoridades moçambicanas, alegadamente receando o recrudescimento do tribalismo. Isso veio a revelar-se como uma falsa questão. Multietnicidade, multicuralismo e multilinguismo, caraterísticas intrínsecas de Moçambique, deveriam ser alicerces da construção da nação moçambicana, da sua moçambicanidade e da Unidade Nacional.
Palavras-chave: Línguas bantu moçambicanas, oficialização das línguas moçambicanas, lusofonização, desafricanização.
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