A (des)organização social e indisciplina no futebol do São Tomé e Príncipe independente
Resumo
Este texto aborda os casos de indisciplina no futebol são-tomense, mais frequentes do que se suporia à luz das alusões à cordata idiossincrasia dos ilhéus. Com efeito, numa sociedade que, ao arrepio da prevalência do palavreado revolucionário do pós-independência, se revelava rotineira e previsível por força da inércia do imobilismo e da contenção política e policial, por
algum tempo os campos de futebol pareceram ser os únicos cenários onde era possível constatar-se fenómenos da indisciplina, em parte devida ao próprio jogo e talvez, de forma impensada, a tensões relacionadas com um quotidiano agreste porque pejado de privações. Neste texto analisam-se os equívocos relacionados com a indisciplina nos campos de futebol, aventando-se os seus eventuais significados políticos e sociais nos primeiros anos do São Tomé e Príncipe independente.
Sem uma intencionalidade política precisa, a indisciplina dentro e ao redor dos campos de futebol teve uma dimensão política no sentido em que foi expressão de um mal-estar social? Ou, mais do que configurar uma forma difusa de protesto social, a
indisciplina no futebol refletiu, sobretudo, a desorganização da gestão da atividade futebolística e, a montante, da sociedade?
Palavras-chave: São Tomé e Príncipe, futebol, indisciplina.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 Africana Studia

Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os autores cedem à Revista Africana Studia o direito exclusivo de publicação dos seus textos, sob qualquer meio, incluindo a sua reprodução e venda em suporte papel ou digital, bem como a sua disponibilização em regime de livre acesso em bases de dados.
As imagens, no caso de serem originais e enviadas por via postal, serão devolvidas se assim for explicitado pelos autores.
A Africana Studia é uma revista de acesso aberto que visa promover a divulgação e o debate da investigação científica. Todos os artigos aceitos são, portanto, publicados gratuitamente para autores e editores.