A inação das Comunidades Econômicas Regionais no contexto da crise nos Camarões: Um retorno ao passado?
Resumo
Este trabalho busca analisar a atual crise no Camarões e a inação das Comunidades Econômicas Regionais (ECCAS e CEMAC) em relação à resolução do problema. A crise tem seu estopim em 2016, quando o governo camaronês buscou impor o francês como língua oficial em todas as escolas do país e nomear juízes francófonos para atuar nas regiões
Sudoeste e Noroeste do Camarões (estas majoritariamente anglófonas). Diante disso, diversos protestos contrários às medidas adotadas pelo governo passaram a acontecer em tais regiões. Em resposta, as forças de segurança camaronesas foram acionadas, passando a reprimir as manifestações. Esse contexto levou a um agravamento da situação, com
uma significativa escalada da violência e a eventual tentativa de secessão das regiões anglófonas do restante do país, em 2017. A partir de uma análise da evolução histórica da crise camaronesa, bem como das Comunidades Econômicas Regionais (RECs) das quais o país é parte, o trabalho demonstra que sua inação remete a elementos pertinentes ao
panorama securitário africano anteriores à transformação da Organização da Unidade Africana em União Africana, os quais representam importantes desafios para o continente.
Palavras-chave: Camarões, UA, ECCAS, CEMAC.
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